O mastologista é o médico especialista na saúde das mamas. Uma das queixas mais frequentes nos consultórios de mastologistas é a dor mamária, que representa de 45 a 60% dos motivos das consultas. Em geral, a presença de dor nas mamas não representa doenças graves, mas deve ser avaliada por um especialista. Além da dor, algumas mulheres podem apresentar inchaço, vermelhidão e distensão das mamas.
A dor nas mamas é conhecida como mastalgia, que tem três diferentes apresentações clínicas:
Mastalgia cíclica
A mais comum é a cíclica, que está relacionada com o ciclo menstrual. Em geral, aparece na fase lútea, ou seja, logo após a ovulação e pode durar até a menstruação, gerando bastante desconforto para as mulheres, que sentem as mamas mais sensíveis. Normalmente, a mastalgia cíclica atinge as duas mamas e tende a melhorar logo que a mulher menstrua.
Geralmente, a mastalgia cíclica está ligada à alteração do tecido mamário quando estimulado pelos hormônios femininos produzidos durante o ciclo menstrual. O estresse e mudanças emocionais podem desencadear ou até mesmo piorar o problema. Outro ponto é a alimentação, que quando rica em gorduras saturadas, sal, cafeína e chocolate pode deixar as mamas mais sensíveis.
Mastalgia acíclica
Outra forma da mastalgia é a acíclica. A primeira diferença é que não tem relação com o ciclo menstrual. Além disso, costuma aparecer em mulheres com mais de 40 anos e atinge uma das mamas ou uma área específica das mamas. Na mastalgia acíclica podem aparecer cistos (nódulos com conteúdo líquido), dilatação dos ductos mamários entre outras condições benignas, que causam a dor.
Mastalgia extramamária
Por fim, temos a mastalgia extramamária, cuja dor tem origem em outros lugares do corpo como o tórax, por exemplo. Esse tipo de mastalgia é mais complexo, pois é necessária uma avaliação mais profunda para chegar à causa primária da dor, que pode ser um processo inflamatório nos nervos, ossos, cartilagens ou até mesmo problemas cardíacos.
Além dos diferentes tipos de mastalgia, a dor tem diferentes classificações. Quando não prejudica a qualidade de vida é considerada leve. Quando interfere na qualidade de vida, mas não impacta nas atividades do dia a dia é moderada e quando impacta nesses dois quesitos é grave.
Entretanto, as mulheres devem ficar tranquilas, pois na grande maioria dos casos a dor nas mamas não representa nenhum problema grave de saúde, tão pouco está relacionada com o câncer de mama, salvo quando há presença de caroços, devidamente detectados nos exames preventivos como a mamografia.
O ideal é procurar um médico mastologista, que irá avaliar cada caso e indicar alguns tratamentos que aliviam os sintomas. Além disso, é uma ótima oportunidade para prevenir outras doenças da mama, como o câncer.
Dicas para prevenir a dor nas mamas:
- Evite consumir chocolate, cafeína e refrigerantes à base de cola em excesso, pois esses alimentos contêm substâncias que podem estimular o efeito de alguns hormônios nas mamas;
- Diminua o consumo de gorduras saturadas (carnes gordas, laticínios integrais, embutidos) que também afetam os hormônios e podem levar à dor;
- Cuidado com o sal, ele favorece o inchaço corporal, incluindo o das mamas;
- Gerencie o estresse, principalmente nos dias que antecedem a menstruação;
- Use sutiãs confortáveis, que não pressionem demais as mamas.