O câncer de mama é um tumor que começa a se desenvolver a partir do tecido mamário. Porém, ao contrário do que muitos pensam, o tumor de mama tem muitos tipos diferentes. Esse fato foi confirmado em 2006, por cientistas do Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, em Baltimore, nos Estados Unidos, quando o código genético do câncer de mama foi decifrado.
Isso abriu, desde então, caminho para o desenvolvimento de terapias personalizadas para a doença. Foram descobertos mais de 189 genes que sofrem uma mutação e se transformam em um tumor de mama. Além da quantidade, os cientistas descobriram que os tipos de tumor são muito diferentes entre si.
Recentemente, cientistas do Canadá e do Reino Unido descobriram, após analisar mais de dois mil tumores de mama, dez novas categorias da doença. De acordo com os pesquisadores, as diferenças entre os tipos de tumor eram tão grandes que poderiam ser classificadas como tumores totalmente distintos.
Hoje vamos falar, portanto, dos diferentes tipos de câncer de mama. O tumor de mamas é do tipo carcinoma, ou seja, um tumor maligno que se desenvolve a partir de células epiteliais do tecido mamário. As mamas são formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas de lóbulos e ductos mamários. O tumor pode começar a se desenvolver nos ductos ou nos lóbulos mamários. Podem ser do tipo invasor (que se espalha para outras partes do corpo) ou in situ, quando não passam da região de origem.
Quando um tumor é formado, ele é revestido por uma membrana. Se esta permanece intacta, as células cancerígenas não conseguem atingir outras partes. Porém, se há o rompimento dessa membrana, o câncer se espalha, invadindo as regiões próximas ou até outras partes do corpo, causando as metástases.
Tipos mais comuns de câncer de mama
Carcinoma Ductal
É um tumor que se localiza na mucosa dos ductos de leite. Ele pode ser do tipo in situ ou invasivo, sendo este último o tipo mais comum de câncer de mama, que corresponde a cerca de 80% dos casos. Vale ressaltar, que quando o carcinoma ductal é detectado, o exame da biópsia vai analisar a qual subtipo ele pertence, pois nem todos são iguais.
Carcinoma Lobular
É um câncer que se desenvolve nos lóbulos mamários e pode ser invasivo. Assim como o ductal, o carcinoma lobular passa por uma análise histopatológica para definir exatamente a qual subtipo ele pertence.
Carcinoma inflamatório
É um tipo de tumor invasivo, que muitas vezes não apresenta nenhum tipo de massa palpável e, dificilmente, é detectado por meio de mamografias ou ultrassonografias. Esse tipo de câncer recebe a classificação de inflamatório pelo estilo de quadro clínico desenvolvido; a mama fica com aspecto inflamatório, como se fosse uma mastite, porém que não melhora após tratamento clínico com medicações específicas. Suas células malignas geralmente, ficam nos linfáticos subdérmicos, causando um entupimento do sistema linfático.
Doença de Paget
É um tipo raro de tumor de mama que atinge o mamilo. Em geral, as células tumorais crescem nos ductos mamários e avançam em direção à epiderme do mamilo.
Características das células tumorais
Receptores Hormonais
Além da classificação do tipo de carcinoma quando o assunto é câncer de mama, é preciso avaliar se o tumor é sensível à presença de receptores para os hormônios femininos estrógeno e progesterona. Receptores são proteínas localizadas na superfície externa da célula.
No caso dos receptores hormonais, sua presença indica que o tecido tumoral se prolifera em resposta a esses hormônios. Os tumores que são positivos para receptores hormonais têm resposta a tratamento específico em base hormonal.
HER2 Positivo
Tão indispensável quanto o exame para receptores hormonais é o teste para o receptor HER2, que é uma proteína localizada na membrana das células. Em até 25% dos casos de câncer de mama, essa proteína aparece em excesso, indicando que se trata de um tumor mais agressivo.
Agora você já conhece melhor os tipos de câncer de mama. A medicina avançou muito nos últimos anos e com a prevenção adequada, é possível tratar e curar um câncer de mama, na maioria dos casos. Para isso, o diagnóstico precoce é fundamental, portanto lembre-se de procurar seu médico e fazer seus exames preventivos.