Atualmente, os médicos não têm um método confiável para prever quem provavelmente terá uma recidiva tardia. Mas, de acordo com recente estudo publicado na Jama Oncology, a biópsia líquida pode ajudar a classificar os pacientes de acordo com seu risco de recorrência.
O que é a biópsia líquida?
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a biópsia líquida é um exame feito com uma amostra de sangue para procurar células cancerígenas de um tumor ou pequenos fragmentos do DNA de células do câncer. Esse exame é recente e precisa de bastante tecnologia para detectar o material genético.
Resultados do estudo
Após analisarem, com a biópsia líquida, um grupo de 547 pacientes, os pesquisadores chegaram à conclusão de que as que tiveram células tumorais circulantes detectadas no sangue cinco anos após o diagnóstico tinham cerca de 13 vezes mais chance de ter a recidiva tardia do câncer.
A pesquisa incluiu um total de 547 pacientes que não apresentavam evidências clínicas de recorrência entre 4,5 e 7,5 anos após o registro no estudo. Desse total, a biópsia mostrou que 26 tinham pelo menos uma célula tumoral circulante detectável.
Depois disso, houve um acompanhamento médico dos pacientes durante 2,6 anos. Segundo o estudo, a taxa de recorrência foi de 21,4% entre os pacientes que tiveram positivo no exame de células tumorais, em comparação com 2% entre aqueles que tiveram resultados negativos.
Além disso, houve mais casos de recidiva entre os pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo (RH+). A descoberta de que a detecção de células tumorais no sangue está associada à recorrência tardia do câncer de mama é uma conclusão importante e nova. Mas ainda são necessários mais estudos para confirmar a validade clínica e determinar a utilidade da biópsia líquida nesse contexto.
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