Estudo publicado no The New England Journal of Medicine analisou o uso do medicamento trastuzumabe entansina (T-DM1) em grupo de pacientes com câncer de mama em estágio inicial e teve como resultado redução do risco de recorrência da doença e de morte. Os resultados foram promissores e apresentados na 41ª edição do San Antonio Breast Cancer Symposium, tradicional evento oncológico.
Entenda o estudo
O estudo fase III KATHERINE foi financiado pela farmacêutica Roche e comparou o medicamento trastuzumabe entansina (T-DM1) com a terapia padrão (normalmente feita com trastuzumabe) usada para tratar pacientes com câncer de mama HER2+ em estágio inicial. As pacientes que participaram do estudo tinham também doença residual invasiva nas mamas ou axilas após tratamento neoadjuvante (antes de cirurgia) com quimioterapia e trastuzumabe.
Participaram do estudo 1.486 pacientes. Ao dividir as pacientes em dois grupos, os pesquisadores avaliaram a eficácia e a segurança do T-DM1 e do trastuzumabe como terapias adjuvantes, ou seja, após cirurgia.
Resultados do III KHATERINE
A pesquisa demonstrou uma redução de 50% no risco de reincidência ou óbito no grupo com T-DM1. Segundo o estudo, após três anos, 88,3% das pessoas tratadas com T-DM1 não apresentaram recorrência do câncer de mama. Enquanto o mesmo aconteceu com 77% das pessoas tratadas com trastuzumabe. A conclusão do estudo tem potencial para impactar a prática de oncologia no tratamento destes pacientes.
“Com cada avanço na redução da recorrência da doença, nos aproximamos um pouco mais da meta de ajudar todas as pessoas com câncer de mama inicial a terem o máximo de oportunidades de cura”, afirma a Dra. Sandra Horning, diretora médica e de desenvolvimento global de produtos da Roche. Segundo a farmacêutica, os dados do estudo serão submetidos às autoridades de saúde em todo o mundo.
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