A Comissão Europeia aprovou a terapia oral talazoparib (Talzenna, Pfizer), um inibidor da poli ADP-ribose polimerase (PARP) para pacientes com câncer de mama avançado positivo para BRCA. A aprovação se baseia no estudo clínico EMBRACA de fase III, no qual o talazoparib levou a uma redução de 46% no risco de progressão da doença em relação a quimioterapia padrão nas pacientes.
Em um acompanhamento de uma média de 11,2 meses, os resultados do EMBRACA demonstraram que o talazoparib (1 mg uma vez ao dia) melhora a sobrevida livre de progressão até 8,6 meses comparado com 5,6 meses com quimioterapia padrão. O benefício do Talzenna foi observado em pacientes pré-especificados, incluindo mulheres com câncer de mama triplo-negativo, doença RH+/HER2, com ou sem histórico de metástase, e aqueles que receberam esquemas de quimioterapia citotóxica anteriores.
Como o talazoparib funciona?
Segundo a Pfizer, o talazoparib é um inibidor das enzimas PARP, que desempenham um papel no reparo do DNA. Estudos sugerem que o fármaco pode atuar bloqueando a atividade da enzima, levando à diminuição do crescimento de células cancerígenas e à morte destas células.
O estudo avaliou pacientes de vários países europeus, como Bélgica, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Polônia, Espanha e Reino Unido. As reações adversas mais comuns dos pacientes que receberam o talzenna foram fadiga, anemia, náusea, neutropenia, trombocitopenia e cefaleia.
A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, aprovou o talazoparib em outubro de 2018, também com base no estudo EMBRACA.
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