Amamentação previne câncer de mama
Amamentar é um ato de amor. Além disso, é uma maneira eficiente de criar e fortalecer o vínculo entre a mãe e seu bebê. O leite materno contém todos os nutrientes necessários para a criança se desenvolver até os seis meses de vida. E a boa notícia é que mais um estudo comprovou que amamentar previne a mulher do câncer de mama.
De acordo com uma pesquisa realizada pela associação norte-americana Kaiser Permanente, mulheres que amamentam seus bebês têm um risco menor de ter câncer de mama, além de apresentar 30% de chance a menos de ter recidivas deste tipo de tumor. O estudo mostrou ainda que a amamentação também reduz em 28% o risco de óbito em decorrência da doença.
O estudo avaliou os registros médicos de 1636 mulheres norte-americanas que tiveram câncer de mama. Segundo o estudo, o fator de proteção da amamentação é maior em certos tipos de câncer quando comparado a outros tumores, além de ser maior quando a mulher amamentou por um período igual ou superior a seis meses.
Outros estudos já haviam demonstrado que a amamentação é uma aliada na prevenção do câncer de mama. Essa pesquisa traz algumas novidades importantes. Os pesquisadores descobriram que a amamentação não é capaz de proteger a mulher contra qualquer tipo de tumor, apenas os do tipo luminal A, incluindo o tipo mais comum de câncer de mama, chamado de receptor positivo para o estrogênio, tumor que cresce devido à presença do hormônio.
Os tumores positivos para receptor de estrogênio representam cerca de 75% dos casos de câncer de mama. Esse tipo de tumor apresenta uma menor chance de se espalhar, ou seja, de gerar metástases, além de responder melhor à terapia hormonal.
No estudo observou-se que as mulheres que amamentaram tiveram mais probabilidade para desenvolver o tumor luminal tipo A. Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores é que a amamentação pode estabelecer um meio ambiente molecular que deixa o tumor mais responsivo para a terapia antiestrogênio. Outra probabilidade é que amamentar aumenta a maturação das células dos ductos mamários, o que reduz o risco do processo carcinogênico, como também facilita a eliminação de substâncias potencialmente cancerígenas, o que leva assim a diminuição dos processos que geram os tumores.
As notícias são boas e reforçam a importância da amamentação, tanto para a saúde da mãe, quanto a do bebê. Mas, além de amamentar, a mulher deve realizar os exames preventivos e consultar seu médico mastologista anualmente, principalmente depois dos 40 anos, ou antes, quando há casos de câncer de mama na família.