Acaba de ser publicado no Bristish Journal of Cancer uma pesquisa feita com mais de 1 milhão de mulheres, que comprovou que mulheres brancas têm mais chance de desenvolver o câncer de mama que as asiáticas ou as mulheres afrodescendentes. Esse fato já era conhecido dos cientistas, o que mudou foi que o estudo mostrou que o que faz a diferença são o estilo de vida e a vida reprodutiva da mulher, e não a etnia, como se acreditava anteriormente.
Em comparação com as mulheres brancas, as asiáticas apresentam uma taxa de casos de câncer de mama 18% menor e as afrodescendentes de 15%. As asiáticas e as afrodescendentes consomem menos álcool, têm um maior número de filhos e amamentam mais em relação às mulheres brancas.
Como já foi mostrado em outros estudos, consumir uma dose de álcool por dia aumenta em 5% o risco de desenvolver câncer de mama e também não é novidade que ter filhos e amamentar previne o surgimento de um tumor mamário. Durante a análise, os pesquisadores excluíram esses dados e chegaram à conclusão que se todas as mulheres adotarem hábitos de vida pouco saudáveis, não amamentarem ou não tiverem filhos, o risco para desenvolver um câncer de mama é semelhante para todos os grupos étnicos.
O que preocupou os pesquisadores é que o risco para desenvolver o câncer de mama deve aumentar na Inglaterra, local em que foi realizado o estudo, uma vez que as mulheres que participaram da pesquisa são imigrantes da primeira geração, que ainda costumam manter as tradições, o que não deve acontecer com as mulheres da segunda geração em diante, que tendem a adotar o estilo de vida britânico.
Não há nenhuma pesquisa semelhante no Brasil, mas é possível traçar um paralelo com a pesquisa britânica e reforçar, mais uma vez, a importância de hábitos saudáveis de vida para diminuir o risco de desenvolver um câncer de mama. Além disso, é fundamental amamentar, o que garante a saúde do bebê e previne a doença.