Um estudo realizado pela Mayo Clinic e divulgado no New England Journal of Medicine, mostrou que o risco de desenvolver câncer de mama em mulheres como hiperplasia atípica é maior do que se pensava.
Os pesquisadores analisaram dados de 698 mulheres diagnosticadas com hiperplasia atípica e descobriram que o risco absoluto de desenvolver câncer de mama aumenta 1% ao ano. O estudo mostrou que depois de 5 anos, 7% das mulheres desenvolveram câncer de mama e depois de 10 anos esse número cresceu para 13% e depois de 25 anos, para 30%.
A hiperplasia atípica da mama é uma condição pré-cancerosa, embora a princípio seja considerada uma doença mamária benigna. Entretanto, pode se tornar maligna dependendo de outros fatores de risco associados.
Embora outros estudos já haviam elucidado a relação entre a hiperplasia atípica e um maior risco de desenvolver câncer de mama, esse estudo evidenciou que a probabilidade é mais elevada, o que muda o modo como essas mulheres devem ser acompanhadas ou tratadas.
Além de acompanhar de mais perto, por meio de consultas e exames, é possível considerar algumas terapias adicionais, como o uso de terapia hormonal para reduzir o risco de desenvolver um tumor. Alguns estudos clínicos avaliaram a eficácia da terapia hormonal para diminuir o risco de desenvolver câncer de mama em mulheres com hiperplasia atípica e os resultados foram promissores, reduzindo em cerca de 50% ou mais a chance.
Entenda melhor a hiperplasia mamária
Hiperplasia é como a medicina chama o crescimento elevado das células. É uma alteração benigna, que pode atingir várias partes do corpo, como as mamas. Quando isso acontece é chamado de hiperplasia da mama.
A hiperplasia mamária pode ser típica, quando não tem nenhum significado clínico, ou atípica quando representa um risco aumentado para desenvolver um câncer de mama. Normalmente, a mulher não apresenta sintomas e é diagnosticada em exames preventivos de rotina.
Em alguns casos há necessidade de cirurgia para retirar o tecido que está crescendo de forma anormal. Exames de mamografia, ressonância magnética, entre outros, podem ser solicitados para acompanhar a evolução do quadro.
Lembre-se: seu mastologista é o profissional mais preparado para lhe passar informações sobre a saúde das suas mamas.