Um novo medicamento que combate casos de câncer de mama em fase avançada chegou ao Brasil. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a comercialização do medicamento palbociclibe (Ibrance®), da farmacêutica Pfizer, em fevereiro deste ano. Nos Estados Unidos, a venda foi liberada em 2015 e na União Europeia, em 2016. O uso do remédio, em combinação com terapias endócrinas, leva ao aumento significado da sobrevida das pacientes, segundo estudos clínicos.
O novo medicamento é recomendado para quais casos?
O palbociclibe é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama avançado do tipo estrogênio receptor positivo (ER+), mas que não possuem relação com a proteína HER2. Cerca de 80% dos casos de câncer de mama são ER+, segundo o Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos. A indicação para esse fármaco são basicamente duas:
• Em combinação com o fármaco letrozol – como tratamento de primeira linha para pacientes em pós-menopausa que não receberam tratamento sistêmico anterior para a doença em estágio avançado.
• Em associação com fulvestranto – como segunda linha para mulheres em pré ou pós-menopausa com câncer de mama avançado nas quais a doença tenha progredido durante ou após terapia endócrina.
Como funciona o novo medicamento contra câncer de mama?
O diagnóstico em estágio avançado ainda é muito comum no Brasil e o papel do palbociclibe é possibilitar a recuperação do controle do ciclo celular e bloquear a proliferação das células tumorais.
O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos novos casos de câncer no Brasil a cada ano, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer). “Se no passado as perspectivas eram limitadas para essas mulheres, hoje podemos pensar em um cenário de controle da doença e de manutenção da qualidade de vida, mesmo quando o diagnóstico ocorre em estágio avançado, uma situação que é comum no Brasil”, afirma o diretor médico da Pfizer, Eurico Correia.