Uma pesquisa realizada pela Dartmouth-Hitchcock’s Norris Cotton Cancer Center constatou que mulheres dos Estados Unidos não têm muito conhecimento sobre a sua própria densidade mamária e a densidade em geral. Várias mulheres estavam cientes da dificuldade de detectar câncer com seios densos, mas a minoria sabia que a densidade aumentava o risco de câncer de mama. Isso demonstrou que faltam melhorias na educação das mulheres para que elas possam tomar decisões bem orientadas relacionadas à mamografia e triagem suplementar.
O estudo qualitativo foi publicado no Journal of General Internal Medicine e contou com a participação de 47 mulheres que realizaram uma mamografia recentemente e têm seios densos. Os dados foram obtidos pelo Consórcio de Vigilância do Câncer de Mama. Desde 2019, 37 estados dos EUA têm leis de notificação sobre densidade mamária. Os pesquisadores buscaram explorar as percepções das mulheres sobre o tema em três estados, com e sem leis de notificação.
Mulheres buscam por mais informação
De acordo com o estudo, poucas mulheres relataram ter recebido informações sobre a densidade da mama durante as consultas. De todas, apenas uma sabia que a densidade aumenta o risco de câncer da mama. Mas uma coisa todas tinham em comum: vontade de aprender mais sobre o tema. Todas as participantes expressaram “forte desejo” de receber mais informações sobre densidade mamária.
“Descobrimos que poucas mulheres receberam informações sobre a densidade da mama durante as visitas à saúde, embora algumas tenham sido incentivadas a obter imagens suplementares ou a pagar por novos tipos de mamografia, como a tomossíntese mamária”, afirmou Karen Schifferdecker, que liderou a pesquisa.
De acordo com a cientista, as mulheres que foram orientadas a realizar mais exames de imagens, ou com tecnologias diferentes, geralmente pensavam que isso acontecia porque os exames eram ‘melhores’, porém, não entendiam bem sobre a eficácia ou os danos.
Na verdade, o que acontece é que ter as mamas densas não é um sinal de câncer, mas elas podem ser consideradas um fator de risco para o desenvolvimento da doença. Esse risco está associado a uma maior predisposição genética e também à dificuldade de visualização do tumor durante o exame de mamografia.
O estudo identificou oportunidades de melhorias na educação das mulheres para que possam tomar melhores decisões. “As mulheres querem – e merecem – informações mais úteis sobre o risco de câncer de mama”, diz Schifferdecker.
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