Uma nova análise feita no ensaio clínico fase III MONARCH 2 afirmou que o abemaciclib (verzenio) demonstrou uma melhora estatisticamente significativa na sobrevida global. O estudo avaliou o abemaciclib em combinação com o fulvestrant no tratamento de mulheres com câncer de mama com receptores hormonais positivos (HR), negativos para HER2, avançados ou metastáticos previamente tratados com terapia hormonal.
Este medicamento é um comprimido tomado por via oral que age como inibidor da quinase dependente de ciclina (CDK) 4/6. A quinase é um tipo de proteína no corpo que ajuda a controlar a divisão celular. E os inibidores da CDK 4/6 funcionam interferindo na quinase e impedindo que as células cancerígenas se dividam e cresçam.
“Embora o abemaciclib já tenha demonstrado um benefício impressionante para a sobrevida livre de progressão, estamos satisfeitos que o abemaciclib seja o primeiro e único inibidor de CDK 4/6 em combinação com fulvestrant que prolongou significativamente a vida de mulheres na pré, durante e pós-menopausa,” disse Anne White, presidente da Lilly Oncology.
De acordo com o estudo, para muitos médicos e pacientes, a sobrevida global é o desfecho mais importante. No passado, foi difícil obter melhorias significativas para mulheres com câncer de mama avançado, incluindo aquelas cujo câncer progrediu após terapia endócrina.
Como foi feito o estudo?
O MONARCH 2 é um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo que contou com 669 pacientes com câncer de mama HR+, HER2- e metastático que progrediram na terapia endócrina. Os pacientes foram randomizados 2: 1 para abemaciclib e fulvestrant ou placebo mais fulvestrant.
Alguns efeitos colaterais foram notificados, como diarreia, baixa contagem de glóbulos brancos, náusea, dor abdominal, infecções e fadiga.