O estudo Monaleesa-3, da Novartis, avaliou a eficácia e a segurança de ribociclibe em combinação com fulvestranto em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado RH+/HER2-. Esses dados foram apresentados no Simpósio Presidencial do Congresso da European Society for Medical Oncology.
Segundo análise dos pesquisadores, o ribociclibe, comercialmente chamado de Kisqali®, é o único inibidor da CDK4/6 que obteve uma sobrevida global positiva em dois estudos fundamentais da fase III, com uma redução consistente no risco de morte de 28%.
De acordo com a pesquisa, o tratamento de primeira linha e de segunda linha destas terapias em combinação melhorou significamente a sobrevida global das pacientes analisadas. Os benefícios foram observados tanto em mulheres não expostas ao tratamento hormonal como naquelas que se tornaram resistentes à terapia endócrina.
“Esses resultados fornecem aos oncologistas mais evidências para fazer uma escolha confiável de tratamento para pacientes com câncer de mama metastático positivo para receptores hormonais”, disse Dennis J. Slamon, MD, diretor de pesquisa clínica da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Mulheres que participaram do estudo:
O Monaleesa-3 é o maior estudo a avaliar um inibidor de CDK4/6 em combinação com fulvestranto como terapia inicial em mulheres na pós-menopausa. A pesquisa abrangeu mulheres que não tinham realizado terapia endócrina anteriormente, incluindo aquelas diagnosticadas com câncer de mama pela primeira vez, já na fase metastática, mulheres que recidivaram em até 12 meses após a terapia adjuvante e mulheres que progrediram na terapia endócrina para doença avançada.
Taxas de sobrevida
Aos 42 meses de análise, as taxas de sobrevida estimadas foram de 58% no tratamento combinado com ribociclibe e 46% no fulvestranto isoladamente. Os resultados dos subgrupos de tratamento de primeira e segunda linha, incluindo pacientes que sofreram recaídas nos 12 meses de tratamento adjuvante, foram consistentes com a população geral de pacientes neste estudo.
Veja mais:
13 dúvidas sobre o câncer de mamaO estudo demonstrou que o ribociclibe em combinação com o fulvestranto tem uma sobrevida livre de progressão mediana de 33,6 meses em comparação com 19,2 meses no grupo com placebo. Além disso, a necessidade de quimioterapia foi atrasada em todos os pacientes que receberam a combinação destas terapias.
Esses dados, junto aos resultados do Monaleesa-7, confirmam o benefício de ribociclibe em pacientes com pré e pós-menopausa.
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