A confirmação do diagnóstico do câncer de mama é feita mediante análise microscópica do material extraído por biópsia. O procedimento é simples: uma amostra de células do tecido mamário é retirada e enviada a um laboratório para análise. O exame é a melhor maneira de avaliar se um nódulo ou região suspeita da mama é benigno ou maligno. Vale lembrar que nem todo nódulo na mama significa câncer.
Existem muitas doenças que podem causar nódulos. Entre os crescimentos benignos mais comuns estão os cistos, os papilomas intraductais, microcalcificações de aspecto benigno , alterações teciduais decorrentes de trauma ou manipulação cirurgica prévia, etc.
No caso dos nódulos malignos ou lesões suspeitas, a biópsia consegue além de confirmar o diagnóstico, consegue detectar as características das células malignas, ou seja, do câncer, o que vai ajudar o médico a definir o melhor tratamento. Ao perceber um nódulo, procure o médico e informe a ele quando o nódulo surgiu, qual o tamanho no momento da descoberta em comparação com o tamanho atual e onde ele está localizado. Lembre-se também de dizer se há casos de câncer de mama na família ou se você já apresentou algum problema nas mamas antes.
Como é feita a biópsia
As biópsias podem ser realizadas tanto no consultório médico, porém quase sempre são realizadas em ambiente da radiologia devido a monitorização necessária do procedimento por um exame de ultrassom ou mamografia ou até ressonância magnética da mama. Isso depende do tipo de lesão e do tipo de biópsia que será realizada. Não é necessário permanecer internada. Esses procedimentos duram cerca de 30 minutos e são bem tranquilos de serem realizados. Essas biopsias retiram amostras que serão enviadas para analise.
Biópsias são realizadas sob a anestesia local
Com exceção de uma picada leve da anestesia injetada, o procedimento não costuma doer. Após a biópsia é comum sentir um leve incômodo e pode surgir um pequeno hematoma. O risco de complicações, como infecção e sangramento, é pequeno para esses tipos de procedimentos .
As biopsias percutâneas são minimamente invasivas e sempre são tão confiáveis quanto as biópsias cirúrgicas e os resultados na maioria das vezes são conclusivos.
Tipos de biópsias
As biópsias podem ser feitas de várias maneiras. A escolha depende do tipo do nódulo.
Biópsia por agulha fina, ou PAAF (punção aspirativa com agulha fina)
Nesse procedimento, após anestesia local, o médico insere uma pequena agulha com seringa no interior do nódulo para extrair uma amostra do tecido. Essa biópsia ajuda a determinar a diferença entre um cisto com líquido e um nódulo sólido. O médico repete este procedimento várias vezes. Se a massa for um cisto, as amostras retiradas consistirão principalmente de fluido e o cisto pode entrar em colapso, ou seja, ele secará, aliviando qualquer dor que a paciente sente. Se a massa é sólida, as amostras serão constituídas principalmente por células do tecido mamário. O médico analisa as amostras logo após a retirada, As amostras de fluidos e tecidos são colocadas em lâminas ou tubos e depois analisadas por um patologista em laboratório.
Biópsia por agulha grossa, ou core biopsy
A core biopsy é feita da mesma maneira que a biópsia por agulha fina, só que utiliza uma agulha mais calibrosa para coletar várias amostras, Uma das vantagens desse procedimento é que as amostras são maiores do que as retiradas na biópsia por agulha fina, o que aumenta a chances de uma análise mais precisa, com poucas chances de erro.
Biopsia assistida a vácuo, ou mamotomia
O médico faz um pequeno corte na pele, de cerca de meio centímetro, por onde é introduzida uma agulha mais calibrosa acoplada a um sistema a vácuo. O tecido retirado é sugado para dentro da agulha. A vantagem deste método é que ele permite a extração de diversas amostras de tecido através de uma abertura pequena, e consegue marcar a área biopsiada com um clip de titânio, para facilitar um futuro controle ou uma localização do local em caso de uma futura cirurgia.