Dor nos seios? Confira 7 causas que podem explicar esse desconforto

Assim como a coceira, a dor nos seios é outro sintoma que praticamente todas as mulheres vão notar em algum momento de suas vidas. Desse modo, é importante entender quais são as causas mais comuns para esse problema e em que circunstâncias ele pode sugerir a presença de algo mais grave.

Manter a atenção a esse sinal do corpo pode facilitar na hora de buscar ajuda especializada, capaz de avaliar o que está por trás da dor. Em muitos casos, algumas orientações simples resolvem a questão, enquanto algumas circunstâncias podem exigir um acompanhamento mais detalhado.

1. Roupas íntimas desconfortáveis

Sutiãs que não forneçam o suporte adequado às mamas podem ser uma causa para a dor nos seios. Isso se dá pelo fato de que a falta de sustentação apropriada faz com que os ligamentos que ligam os seios à parede do tórax fiquem excessivamente distensionadas. Com o tempo, isso provoca a dor.

Mesmo mulheres com mamas pequenas podem apresentar esse problema, mas ele tende a ser mais comum em quem tem os seios maiores (gerando também dores nos ombros e nas costas). Logo, investir em roupas íntimas que sejam compatíveis com a sustentação necessárias para as mamas faz toda a diferença.

2. Alterações hormonais

Alterações hormonais decorrentes dos ciclos menstruais costumam ser a principal explicação para as dores nas mamas cíclicas, que vêm e vão ao longo do mês. Com o sobe e desce de hormônios como a estrogênio e a progesterona, os seios tendem a inchar e ficar mais sensíveis.

Em geral, isso é ainda mais comum nos dias que antecedem à menstruação, afetando ambas as mamas de forma relativamente igual. O grau da dor por conta do ciclo menstrual varia de mulher para mulher, mas utilizar sutiãs ajustados adequados e roupas confortáveis pode reduzir o desconforto.

3. Efeitos colaterais de determinados medicamentos

Medicamentos, na sua maioria com ação sobre os hormônios, também podem explicar o surgimento das dores nas mamas. Entram nessa lista, por exemplo, as pílulas anticoncepcionais, tratamentos contra infertilidade e terapias de reposição hormonal.

De todo modo, é importante observar que outras classes de fármacos podem ter efeito colateral similar. Exemplos disso são alguns medicamentos para tratar transtornos psiquiátricos, diuréticos e drogas específicas utilizadas para problemas cardíacos. Na dúvida, fale com o médico responsável pela prescrição.

4.Gravidez e lactação

Tanto o período de gestação quanto a lactação podem ser marcados por dores nos seios devido às alterações fisiológicas necessárias para que o corpo da mulher leve em frente a gravidez e amamente seu filho.

É nos primeiros meses da gravidez que a ação de vários hormonais faz com que tecidos da mama cresçam, por exemplo. Além disso, é possível que os mamilos e a pele da região se tornem mais sensíveis. No mais, a intensidade das dores pode oscilar de acordo com o período da gestação.

Já depois do nascimento, o desconforto pode ser causado pela amamentação em si. Por uma série de fatores (como a pega inadequada do bebê nos mamilos ou por dificuldade em fazer o esvaziamento da mama), a mãe lactante tende a experimentar dor nas mamas ou nos mamilos. Em alguns casos, isso pode indicar a presença de um quadro de mastite, o próximo item da lista.

5. Mastite

A mastite é um quadro de inflamação das mamas a partir das glândulas mamárias que atinge principalmente as mulheres que estão amamentando. Geralmente o problema surge quando os ductos que levam o leite até o mamilo ficam obstruídos (dificultando o esvaziamento da mama) ou pela ação de bactérias que aproveitam rachaduras nos mamilos para entrar no organismo.

Junto da dor, a mulher que sofre com o problema também pode perceber coceira, sensação de inchaço, vermelhidão, secreções pelo mamilo (inclusive com a presença de pus) e febre. Esses últimos sintomas devem chamar a atenção para a possível formação de um abscesso na mama.

Na maioria dos casos, um quadro de mastite é tratado com antibióticos e medicamentos para aliviar a dor. Junto da medicação, a mãe pode obter orientações para amamentar seu bebê com mais segurança, reduzindo o risco de novos problemas por conta da pega inadequada ou por dificuldade para esvaziar as mamas.

6. Cistos mamários

Cistos mamários são pequenas bolsas cheias de líquidos que se formam em determinada parte da mama. A partir disso, a mulher com essa alteração na mama pode sentir a presença de uma protuberância na região (como se fosse um nódulo), além de dor, sensibilidade nas mamas e secreção pelos mamilos, geralmente de cor clara.

Como a presença de cistos mamários podem ser confundidas com nódulos malignos, uma avaliação médica geralmente é feita. Para isso são utilizados exames de imagens ou mesmo biópsias. Havendo a confirmação que se trata de um cisto, ele pode ser removido por meio de drenagem ou cirurgia, em especial quando causa dor intensa.

Por outro lado, não há evidências que sustentem que a presença de um cisto mamário esteja associada com a chance de ter um câncer de mama, principalmente quando o conteúdo da formação reúne apenas líquido.

7. Determinados tipos de câncer de mama

A dor nos seios não costuma estar no topo da lista de sintomas da maioria dos quadros de câncer de mama. No entanto, algumas formas mais raras da doença podem fazer com que a mulher perceba a mama dolorida. O exemplo mais conhecido disso é o câncer de mama inflamatório, que responde por menos de 5% de todos os casos de tumores mamários.

Em um câncer de mama inflamatório, as células cancerígenas podem bloquear os pequenos vasos linfáticos que percorrem a pele da mama. Com isso, além de dor a paciente pode notar alterações nessa superfície, que incluem coceira, vermelhidão, sensação de calor, inchaço e a percepção de que a pele está parecendo uma casca de laranja.

Todavia, outras características típicas de um câncer de mama podem não estar presentes. É o caso, por exemplo, de nódulos palpáveis. Dessa forma, diante das alterações destacadas, é sempre importante procurar um médico. Ainda que raro, um câncer de mama inflamatório tende a evoluir de forma mais grave, tornando o tratamento em estágios iniciais um diferencial ainda maior na recuperação.

Quando procurar ajuda por causa da dor nos seios?

Para a maioria das causas das mamas doloridas, a paciente pode observar que a condição tende a se resolver por conta própria, sem maiores contratempos. De todo, vale sempre reforçar que isso não significa que a orientação profissional seja dispensável.

Sempre que a dor nos seios persistir por vários dias seguidos, parecer piorar com o passar do tempo ou estiver acompanhada de outros sintomas (como coceira, alterações no mamilo, vermelhidão na pele, etc), o ideal é procurar um médico. Apenas com a avaliação especializada é possível abordar o problema da forma adequada, descartando explicações mais graves e oferecendo o acompanhamento necessário para resolver tal desconforto.

Aproveite e saiba mais agora sobre quais os sintomas mais comuns de um possível caso de câncer de mama.