Hiperplasia é como a medicina chama o crescimento elevado das células. É uma alteração benigna, que pode atingir várias partes do corpo, como as mamas. Quando isso acontece é chamado de hiperplasia da mama, que pode ser ductal ou lobular. Geralmente, ela não causa sintomas e é encontrada em exames de rotina.
- Hiperplasia ductal: crescimento excessivo das células que revestem os pequenos tubos (dutos) dentro da mama.
- Hiperplasia lobular: crescimento excessivo das células que revestem as glândulas do leite (lóbulos).
A mama é formada de tecido glandular (responsável pela formação das glândulas que produzem secreções, formado por lobos e ductos), tecido fibroso e gordura (tecido adiposo), além de vasos sanguíneos e nervos. Os lóbulos produzem o leite e os ductos o transportam até o mamilo. De acordo com a Sociedade Americana do Câncer, as hiperplasias ductal e lobular têm aproximadamente o mesmo efeito no risco de câncer de mama. A diferença está se ela é típica ou atípica.
- Hiperplasia das mamas típica: quando há crescimento de células, mas elas não parecem anormais.
- Hiperplasia das mamas atípica: quando as células crescem excessivamente e são anormais em número, tamanho, forma, padrão de crescimento e aparência. Esta condição é benigna, mas representa um aumento no risco de câncer de mama.
De acordo com a Mayo Clinic, as mulheres com hiperplasia atípica têm um risco de câncer de mama ao longo da vida cerca de quatro vezes maior do que as mulheres que não têm hiperplasia atípica.
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Por que algumas mulheres têm hiperplasia mamária?
Ainda não há fatores estabelecidos, mas algumas mulheres, durante o processo natural de envelhecimento, desenvolvem a hiperplasia mamária quando células normais crescem dentro do tecido mamário, em tamanho e número. De acordo com a organização Breast Cancer Now, a hiperplasia das mamas é mais comum em mulher com mais de 35 anos, mas pode afetar mulheres de qualquer idade.
Como identificar a hiperplasia da mama?
Normalmente, a mulher não apresenta sintomas da hiperplasia, que geralmente é identificada em exames preventivos de rotina, como a mamografia. Ela é diagnosticada com uma biópsia. Uma vez que o médico detecta uma hiperplasia atípica nas mamas, o cuidado deve ser redobrado.
Tratamento da hiperplasia mamária
Geralmente, a hiperplasia típica não precisa de tratamento. Mas no caso de hiperplasias mamárias ductal ou lobular atípicas, é necessário acompanhamento médico e tratamento. Muitas vezes se sugere ampliação cirúrgica da área diagnosticada e, além disso, sugere-se seguimento periódico clínico e com exames de imagem. Cada caso deve ser analisado de forma individual em consultório para um tratamento personalizado.
Exames de mamografia, ressonância magnética, entre outros, podem ser solicitados para acompanhar a evolução do quadro.