Um estudo apresentado no congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO), em Chicago, afirma que a alimentação saudável com menos gorduras, mais vegetais, frutas e grãos auxilia no combate ao câncer de mama. A pesquisa faz parte da Women’s Health Initiative (WHI).
A relação entre uma alimentação saudável e o câncer de mama já é debatida há muitos anos, mas este é o primeiro estudo que fornece “evidências de ensaios clínicos randomizados” de que uma intervenção dietética pode reduzir o risco de morte por câncer de mama.
Como o estudo foi realizado?
Os pesquisadores conduziram o estudo em 40 centros dos Estados Unidos, com 48.835 mulheres na pós-menopausa, entre 50 e 79 anos, que não tinham câncer de mama. A ingestão de gordura delas era cerca de um terço ou mais do total de calorias diárias. De forma aleatória, elas foram designadas para dois grupos: um de dieta habitual e outro de intervenção dietética de baixo teor de gordura.
Características da dieta:
Segundo os pesquisadores, as metas eram reduzir a ingestão de gordura de 20% a 35% da energia total e consumir diariamente cinco porções de vegetais e frutas e seis porções de grãos. A intervenção dietética durou cerca de 8,5 anos.
Resultados da pesquisa
A análise mostrou que o grupo que seguiu a dieta com pouca gordura e mais vegetais, frutas e grãos teve 8% a menos de casos de câncer de mama. Além disso, as mortes após o câncer de mama, ou seja, tumor na mama seguido por morte por qualquer causa foram significativamente reduzidas no grupo de intervenção.
Foi feito um acompanhamento de 19,6 anos com 3.374 casos de câncer de mama entre todos os participantes. Entre o grupo da dieta com pouca gordura, houve um risco 21% menor de morte por câncer de mama comparado com os controles usuais de dieta. Além disso, houve uma redução significativa de 15% nas mortes por todas as causas após o diagnóstico de câncer de mama no grupo de intervenção.
“A adoção de um padrão alimentar de baixo teor de gordura associado ao aumento da ingestão de vegetais, frutas e grãos, comprovadamente alcançável por muitos, reduziu significativamente o risco de morte por câncer de mama em mulheres na pós-menopausa”, concluíram os autores do estudo.
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