Apesar da grande importância da mamografia no combate e no diagnóstico precoce do câncer de mama, muitas mulheres ainda deixam de realizar o exame no Brasil. Uma recente pesquisa mostra que o percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres da faixa etária entre 50 e 69 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o menor dos últimos cinco anos.
Os dados foram revelados pela Sociedade Brasileira de Mastologia em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia e são muito preocupantes. Eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Regiões com piores coberturas de mamografia
A pesquisa ainda mostra que as regiões Norte e Centro-Oeste do país apresentam as menores coberturas quando comparadas às demais. Os estados com piores números de mamografias realizadas são os seguintes:
- Amapá – realizou apenas 260 exames em detrimento dos 24 mil esperados;
- Distrito Federal – teve 5 mil realizados quando eram esperados 158,7 mil;
- Rondônia – somente 5,7 mil foram realizados e expectativa era de realizar 76,9 mil.
Segundo o coordenador da pesquisa, Ruffo de Freitas Junior, a dificuldade para agendar e realizar a mamografia ainda é o principal motivo para o baixo número de exames.
Importância da mamografia para detectar o câncer de mama
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres e a detecção precoce é essencial para conseguir tratar o tumor e ter qualidade de vida. Para isso, a mamografia é uma grande aliada.
A mamografia é um exame de imagem usado para avaliar a saúde das mamas. Funciona como uma radiografia, permitindo ao médico a detecção de nódulos ou outras lesões. É um exame rápido, mas que pode causar um certo desconforto em algumas mulheres pela compressão das mamas.
Quem deve fazer a mamografia
No Brasil, apesar do Instituto Nacional de Câncer (Inca) recomendar que o exame seja feito por mulheres acima dos 50 anos a cada dois anos e mais cedo se houver histórico de câncer na família, a Sociedade Brasileira de Mastologia segue as indicações de entidades americanas. Ela recomenda realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos. Em casos com histórico familiar da doença, o exame pode ser solicitado ainda mais cedo.