A mastite é o nome dado à condição caracterizada pela inflamação da mama. Sua presença causa dor significativa e desconforto por conta de uma série de outros sintomas.
Embora seja mais comum em mulheres durante o período de amamentação, ela também pode aparecer em outros momentos da vida, frequentemente exigindo atenção médica para garantir a recuperação adequada.
Os principais sinais e sintomas de uma mastite
Na maior parte dos episódios, os sinais e sintomas da mastite são geralmente localizados e incluem:
- inchaço, vermelhidão, coceira e a sensação de calor na mama afetada;
- dor intensa, inclusive com sensibilidade ao toque;
- alterações na pele, com áreas com textura endurecida;
- presença de secreções pelo mamilo.
Contudo, em casos específicos, alguns sintomas sistêmicos (que afetam o corpo todo) surgem. Eles geralmente combinam febre e mal-estar generalizado por conta da resposta do corpo à inflamação.
Eventualmente, isso pode ser resultado de complicações, como a formação de abscessos mamários – acúmulos de pus localizados na mama que causam dor intensa, aumento da temperatura local e formação de uma massa palpável e dolorosa.
Mastite e câncer de mama inflamatório
De acordo com a American Cancer Society, ambas as condições podem apresentar sintomas similares, como vermelhidão, inchaço e sensação de calor na mama. No entanto, existem diferenças importantes que quase sempre são suficientes para distinguir as alterações:
- a mastite geralmente responde bem aos antibióticos em poucos dias, permitindo uma recuperação plena;
- o câncer inflamatório frequentemente causa um aspecto mais ressaltado de “casca de laranja” na pele da mama;
- o tumor tende a progredir continuamente e não melhora sem uma abordagem específica.
Seja como for, na dúvida, só o médico pode bater o martelo sobre a causa por trás das queixas. Eventualmente, uma biópsia mamária pode ser necessária para confirmar em laboratório a presença de células cancerígenas.
Vale ressaltar que não existe evidência científica de que a mastite aumente o risco de desenvolvimento de câncer de mama. No entanto, qualquer sintoma persistente na mama deve ser avaliado por um médico para diagnóstico adequado.
As causas mais comuns para um episódio de mastite
Como já mencionado, a mastite é mais comum entre mulheres que estão amamentando seus filhos. Estima-se que até 20% das mães nessa fase vão ter uma queixa do tipo.
A partir disso, ela frequentemente surge por conta da obstrução dos ductos que levam o leite até o mamilo. Isso acontece sobretudo quando ele não é completamente removido durante as mamadas.
Posteriormente, há um acúmulo do líquido que causa inflamação local e a proliferação de microrganismos nocivos.
Entre os fatores que contribuem para isso estão longos intervalos entre cada alimentação, excesso de produção de leite ou técnica inadequada para a “pega” do bebê, de tal forma que a posição incorreta dificulta a sucção apropriada.
Da mesma forma, outros elementos que podem contribuir para o aparecimento da mastite envolvem:
- infecções na pele, que se espalham para o tecido mamário;
- alterações na estrutura dos ductos mamários;
- traumas e lesões na mama, de tal forma que bactérias provenientes de diversos locais entram no órgão;
- sistema imune debilitado;
- tabagismo;
- estresse crônico;
- higiene inadequada da mama;
- implantes de silicone ou piercings;
- remoções ao redor da aréola;
- disfunções que interferem na anatomia do mamilo ou na composição dos tecidos mamários.
Leia também: Irritação no mamilo e a possível suspeita da doença de Paget da mama
As principais recomendações para o tratamento da mastite
O diagnóstico costuma ser clínico. Ou seja, salvo raras exceções, uma avaliação do médico é suficiente para identificar o quadro. A partir disso, o tratamento pode ser feito com a prescrição de antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios.
Em conjunto, os medicamentos aliviam o desconforto e combatem a inflamação e a infecção responsável pelos sintomas. Igualmente, é preciso investir em medidas de suporte, que incluem:
- garantir o esvaziamento da mama (massagear a região enquanto se oferece o leite pode ajudar, assim como fazer a retirada mecânica, por exemplo);
- manter a hidratação adequada;
- evitar roupas apertadas ou sutiãs feitos de tecidos sintéticos;
- permanecer em repouso.
Se depois do início do tratamento os sintomas não melhorarem ou parecerem piorar, o ideal é procurar o médico a fim de que se avalie novamente a condição.
Ele pode solicitar exames adicionais para esclarecer a situação. Diante de um abscesso, uma drenagem pode ser realizada com o intuito de remover o pus acumulado com auxílio de uma agulha.
As medidas de prevenção mais efetivas
A prevenção da mastite inclui diversas estratégias, especialmente para mulheres que estão amamentando:
- priorizar a amamentação em regime de livre demanda, para possibilitar esvaziamento mamário de ambas as mamas (alternando as mamadas);
- reforçar a técnica adequada de posicionamento do bebê, facilitando a sucção e reduzindo a chance de fissuras;
- redobrar os cuidados com a pele dos mamilos, deixando-a sempre limpa e seca;
- preferir sempre sutiãs confortáveis, de tecidos naturais;
- parar de fumar;
- manter uma alimentação equilibrada, hidratação adequada e descanso suficiente, visando fortalecer a imunidade.
Em resumo, a mastite é uma condição incômoda, mas tratável, preferencialmente com o apoio profissional apropriado, garantindo uma recuperação completa na maioria dos casos e reduzindo o comprometimento do bem-estar, sobretudo durante o período de lactação.
Aproveite e confira também quais são as explicações mais comuns para a sensação de dor nas mamas.

5 Comments
Gostei da explicação.
Dor no mama ardume na mama e tá grande só uma mama e o que isso
Olá, Iraneide, cada caso deve ser avaliado individualmente. Por isso, o mais indicado é sempre passar em consulta com um especialista.
Minha nora tem fustas na mama que fura e sai secreção segundo o médico é uma mastite rara isso é possivel
Olá, Ana Lúcia, cada caso deve ser avaliado individualmente. Por isso, o mais indicado é sempre passar em consulta com um especialista para avaliação.