A radioterapia é um dos procedimentos mais comuns para tratar o câncer de mama e muitas mulheres têm medo deste procedimento só de ouvir o nome. Porém, um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, mostrou que a radioterapia para o câncer de mama não é tão ruim como muitas mulheres pensam.
A pesquisa, que foi realizada com 327 pacientes submetidas à radioterapia entre 2012 e 2016, mostrou que quase metade delas leram ou escutaram histórias assustadoras sobre esse tratamento do câncer de mama e, por isso, tinham muito medo. Mas, após passarem pela radioterapia, apenas 2% concordaram que as histórias eram verdadeiras.
Mais de 80% das pacientes disseram que sua experiência com radioterapia foi “menos assustadora” do que esperavam. A grande maioria concordou com a seguinte frase: “Se as pacientes soubessem a verdade sobre a radioterapia, teriam menos medo do tratamento”.
Avanços na radioterapia
O estudo foi feito por um grupo de especialistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e publicado na revista Cancer. Os pesquisadores afirmaram que estas descobertas mostram que a sociedade ainda tem muitas ideias erradas sobre a radioterapia moderna.
Nos últimos anos, aconteceram muitos avanços na medicina e, inclusive, na radioterapia. Segundo a principal autora do estudo, Dra. Susan McCloskey, atualmente, a radioterapia mamaria é mais precisa e dura menos tempo, o que ajuda a limitar os efeitos colaterais de curto prazo. Além disso, os avanços tecnológicos permitiram que a radiação seja feita em uma menor área e com menor dose.
Efeitos colaterais da radioterapia para câncer de mama
A radioterapia externa ou convencional é o tipo mais comum para tratar o câncer de mama e consiste em irradiar o órgão com doses fracionadas de radiação. Os principais efeitos colaterais a curto prazo são:
• Inchaço e sensação de peso na mama;
• Alterações na pele na área irradiada, que podem variar de vermelhidão leve a bolhas e descamação;
• Fadiga.
Os efeitos colaterais podem variar de acordo com cada caso, ainda mais se antes foi realizada mastectomia, cirurgia mais agressiva que retira a mama inteira. O estudo indicou que aproximadamente 84% das mulheres entrevistadas acharam que seus efeitos colaterais foram menos sérios do que esperavam. Muitas também disseram que esse tratamento do câncer de mama afetou o trabalho e a rotina menos do que esperavam.
McCloskey espera que as descobertas do estudo ofereçam aos futuros pacientes uma “ideia melhor da experiência da radioterapia nas mamas ao tomarem decisões sobre o tratamento”. É muito importante sempre tirar todas as dúvidas e perguntar sobre os riscos e benefícios ao médico.