Em 2018, os resultados do estudo TAILORx causaram grande impacto mostrando que o uso do Oncotype DX poderia identificar mulheres com câncer de mama que não precisam de quimioterapia. Agora, novos resultados do TAILORx mostram um desfecho secundário de que “maior precisão” pode ser obtida quando características de risco clínico do câncer de mama precoce também são consideradas.
A análise foi publicada no New England Journal of Medicine e apresentada no encontro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). A integração do uso do Oncotype DX com o risco clínico teve benefícios para mulheres entre 46 e 50 anos na pré-menopausa.
Resultados anteriores do TAILORx
O estudo divulgado no ano passado mostrou que cerca de 70% das mulheres em estágio inicial de câncer de mama poderiam ser poupadas da quimioterapia após cirurgia. A pesquisa havia analisado mulheres com receptor hormonal (HR) positivo, HER2 negativo e linfonodo axilar negativo.
Para esses resultados, os pesquisadores utilizaram o Oncotype DX, que mapeia 21 genes e é feito em uma amostra do tecido tumoral. Ele fornece dados prognósticos sobre o risco de recidiva do tumor, mede o grau de agressividade e calcula o grau de benefício que a quimioterapia pode trazer.
Análise secundária do TAILORx
O objetivo da análise divulgada neste ano foi avaliar se o risco clínico fornece informações prognósticas ou preditivas adicionais aos resultados da pontuação de recorrência que o Oncotype DX fornece.
Segundo o estudo, características clínicas como tamanho do tumor e grau histológico adicionaram informações prognósticas que são complementares ao Oncotype DX. Das 9.427 mulheres no TAILORx com um score de recorrência e informações de risco clínico, 70% foram determinadas como de baixo risco clínico e 30% como de alto risco clínico.
“Com essa nova análise, está claro que mulheres com 50 anos ou menos [pré-menopausa] com um resultado de recorrência entre 16 e 20 e baixo risco clínico não precisam de quimioterapia”, comentou o autor Joseph A. Sparano, MD, do Montefiore Medical Center, em Nova York, em um comunicado à imprensa da Genomic Health.
A pesquisa conclui que a estratificação de risco clínico forneceu informações importantes que, se adicionadas aos resultados de recorrência do Oncotype DX, poderiam ser usadas para identificar mulheres na pré-menopausa que poderiam se beneficiar mais de outra terapia.
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