Não é novidade que a mamografia é um exame muito importante para detectar o câncer de mama. Mas, um novo estudo sueco evidencia como realizar mamografias periódicas gera benefícios na luta contra o câncer de mama. De acordo com o estudo publicado pela Wiley Periodicals, mulheres com câncer de mama que faziam a mamografia periodicamente apresentaram redução de 60% na taxa de mortalidade – 10 anos após o diagnóstico – em comparação com quem não fazia regularmente.
O levantamento mostrou ainda que a redução da mortalidade por esta doença foi de 47% em 20 anos após o diagnóstico se comparada com aquelas que não realizaram o exame rotineiramente. Assim, a pesquisa responde perguntas de muitas mulheres que ficam na dúvida de realizar a mamografia. Quanto a escolha de realizar mamografias regularmente aumentará suas chances de vencer o câncer de mama?
Quem participou do estudo?
O estudo incluiu mulheres com idade entre 40 e 69 anos que moravam no condado de Dalarna, Suécia, entre 1958 e 2015. Ao todo, mais de 52.000 mulheres participaram do estudo. Os pesquisadores calcularam a incidência anual de diagnóstico de câncer de mama e morte por 100.000 mulheres. Apenas 15% das mulheres dessa população não optou por participar do programa de rastreamento mamográfico.
As mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama até 2005 tiveram 10 anos de acompanhamento, enquanto aquelas que foram diagnosticadas até 1995 tiveram 20 anos de seguimento.
Desta forma, durante o período de 58 anos da pesquisa, 4.513 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama. Destas, 3.231 mulheres puderam ser acompanhadas por 20 anos após o diagnóstico. Outras 1.281 mulheres, que foram diagnosticadas com câncer de mama entre 1996 e 2005, puderam ser acompanhadas por 10 anos depois do diagnóstico.
Rastreamento com mamografia permite detecção precoce
A pesquisa sueca indica que o rastreamento do tumor de mama com mamografia possibilita uma detecção precoce da doença, o que aumenta a taxa de sucesso do tratamento e evita procedimentos mais agressivos. “Embora tenha sido dada muita atenção aos potenciais “danos” da participação na triagem regular, pouca atenção tem sido dada aos danos de não participar da triagem regular, sendo o maior dano o aumento significativo do risco de morte por câncer de mama”, afirma o estudo.
Além disso, segundo os pesquisadores, as mulheres que escolherem não participar da triagem terão uma taxa significativamente maior de câncer de mama avançado, maior necessidade de cirurgia mais extensa, maior risco de linfedema e radioterapia e quimioterapia mais extensas. Para cada morte por câncer de mama evitada pelo rastreamento, uma mulher será poupada dos estágios terminais da doença e ganhará uma média de 16,5 anos de vida.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos. Mas, o exame pode ser solicitado em qualquer idade, a critério médico. O ideal é conversar com seu médico, que vai traçar a estratégia de rastreamento mais eficaz para você.
Quer saber mais detalhes sobre como se preparar para a mamografia? Leia nosso artigo com algumas dicas!