Metástase: o que é e como acontece?

O câncer é a segunda maior causa de morte no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), só no ano de 2018, provocou 9,6 milhões de mortes. Metástase é um termo muito comum quando falamos da doença. Mas, afinal o que é metástase?

Metástase refere-se a células cancerosas que se espalharam para uma nova área do corpo.

Segundo a American Cancer Society, quando as células cancerosas se separam de um tumor, elas podem viajar para outras partes do corpo através da corrente sanguínea ou do sistema linfático.

Muitas dessas células morrem, mas algumas podem se estabelecer em um novo órgão e começar a crescer dando origem a um tumor metastático.

Os profissionais de saúde nomeiam o câncer com base em sua origem primária. Isso significa que o câncer de mama que se espalha para outras partes do corpo ainda é considerado câncer de mama.

No câncer de mama metastático, as células cancerosas podem se espalhar para os ossos, cérebro, fígado e pulmões.

De acordo com dados da Cleveland Clinic, cerca de 170 mil pessoas nos Estados Unidos estão vivendo com câncer de mama metastático.

Sinais e sintomas do câncer metastático

O National Cancer Institute ressalta que o câncer metastático nem sempre causa sintomas.

Em casos em que os sintomas ocorrem, frequentemente há relação com o tamanho e a localização dos tumores metastáticos.

Alguns sinais comuns de câncer metastático incluem:

• Dor e fraturas, quando o câncer se espalhou para os ossos;
• Dor de cabeça, convulsões ou tonturas, quando o câncer se espalhou para o cérebro;
• Falta de ar, quando o câncer se espalhou para o pulmão;
• Icterícia ou inchaço abdominal, quando o câncer se espalhou para o fígado.

De acordo com a comunidade global de pacientes e cuidadores Breast Cancer, os sintomas do câncer de mama metastático podem ser muito diferentes dependendo da localização do câncer, mas podem incluir:

• Dor nas costas, peito, cabeça, ossos ou articulações;
• Dificuldade em urinar;
• Dormência ou fraqueza em qualquer parte corpo;
• Tosse seca;
• Falta de ar ou dificuldade em respirar;
• Perda de apetite;
• Náuseas, vômitos ou perda de peso;
• Convulsões.

Alguns exames podem ser solicitados pelo médico para verificar se uma paciente com histórico de câncer de mama desenvolveu câncer metastático.

Podem ser realizados um ou mais exames como de sangue, incluindo marcadores tumorais em alguns pacientes; cintilografia óssea de corpo inteiro, com ou sem raios-X de ossos específicos; ressonância magnética; tomografia computadorizada, bem como biópsia de qualquer área suspeita.

A importância dos testes genéticos para o tratamento do câncer de mama metastático

Quando o câncer de mama se espalha para outras partes do corpo, é importante confirmar se o câncer tem certas características que podem influenciar nas opções de tratamento.

Podem ser realizados testes genéticos como:

Status do receptor hormonal (estrogênio e progesterona)

Se o câncer for positivo para o receptor hormonal, a terapia hormonal pode ser a primeira opção de tratamento;

Status HER2

O receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano é uma proteína que é hiper expressa em algumas células de câncer de mama. O câncer HER2-positivo responde a terapias específicas direcionadas a HER2;

Mutação do gene PIK3CA

Caso um tumor seja positivo para o receptor hormonal e negativo para HER2, seu médico pode testar essa mutação genética. Terapias direcionadas específicas podem ser usadas para tratar tumores com essa mutação;

Status PD-L1

Tumores que são negativos para hormônios receptivos e negativos para HER2 podem ser testados para status de PD-L1. Se o teste PD-L1 for positivo, pode ser recomendado que você receba uma combinação de imunoterapia e quimioterapia.

Existem várias abordagens diferentes para o tratamento do câncer de mama metastático. É preciso lembrar que cada câncer é único e o tratamento pode ser adaptado às suas circunstâncias específicas.

Quimioterapia, terapia hormonal, terapias direcionadas e imunoterapia são tratamentos sistêmicos. Tratamentos locais que visam uma parte específica do corpo, como cirurgia ou radiação, às vezes são recomendados.

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